EVIDENTEMENTE...
Bastar-nos-á entretê-lo
De quando em vez
Com um prato de lentilhas
E meia dúzia de palmas ensaiadas.
Será quanto baste
Pois é louco, o pobre…
Como poderia não o ser
Se foi sua a escolha de sobreviver
No limbo do humano conforto?
Por isso
Nos bastará entretê-lo
Na mansidão do seu imaginário
Antes que acorde…
Antes que rosne
E possamos descobrir
Que os pobres somos nós
E que o limbo
É esta dependência
Dos humanos recursos que nos movem
Enquanto regurgitamos
Certezas
E sentenças
Que, evidentemente,
Serão sempre as mais correctas
Evidentemente!
Maria João Brito de Sousa
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2 comentários
De M.Luísa Adães a 13.07.2010 às 17:28
Está presa e se estivesse fora da prisão? A matavam, ou se matava, mas me arrepia falar no assunto.
Vem a fobia!
Mª. Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 14.07.2010 às 14:49
Bjo!