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A CONQUISTA DA FLOR PELA SEMENTE

Terça-feira, 16.11.10

 

Lá longe

Ecoa, indómito,

O meu grito,

Fonética estelar

Que eu dignifico

Num jogo universal que não domino

 

 

 

Eu desafio,

Mais do que o razoável

E seguro

Nas letras a que já perdi a conta

Das mil canções que crio e nem procuro

 

 

 

Tudo isto eu devo

E nada mais me move

Ou me norteia

Senão a mesma força que promove

A devoção lunar de uma alcateia

 

 

 

E, sobretudo,

Sou,

Como os demais,

Palco e passagem

Dos mil ilusionismos geniais

De uma vontade só, que é divergente,

Qual átomo lançado na voragem

Da conquista da flor pela semente!

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao lobo que mora em cada um de nós

 

Maria João Brito de Sousa – 14.11.2010 – 18.19h

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 10:00


2 comentários

De a 16.11.2010 às 16:19

E o que dizer? Que adoro estes seus poemas soltos, que escreve quase ao sabor da pena. Simplesmente...lindo.
Beijinhos

De Maria João Brito de Sousa a 16.11.2010 às 16:47

Ah, Fá... este poema "tomou conta de mim"! Acho que nem respirei enquanto o escrevia :)) Felizmente a maioria dos sonetos vêm mais serenamente, não me arrebatam assim tanto! Este foi um daqueles que me encheram a alma toda inteira e me deixaram, durante umas horinhas, incapaz de dizer coisa com coisa... foi um daqueles dias em que me esqueci das horas e, até, do que queria fazer depois :))
Como vai a criançada? Eu dou um pulinho até lá! Bjo e obrigada!

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