PRECISO DE NAVEGAR...
Ai que eu, agora,
Já nem sei meter travões
Tenho as rimas por paixões
Ouso versos compulsivos
Ai que eu, agora,
Nem sei se escrevo ou converso
Cabe-me a vida num verso
Não vendo pra tal motivos
E se isto fica
Para sempre a dar-me o mote
Não há motor nem há bote
Que me reconduza ao cais
Pois se isto fica
Será no mar deste mar
Que hei-de um dia naufragar,
Quando for tarde demais
Mas pouco importa
Naufragar se naveguei
Porque nele me aventurei
Se mais do que à vida o quis
Ah, pouco importa
Que o que importa é ter-se um rumo
Navegar provando o sumo
Que em nós há desde a raiz
Maria João Brito de Sousa - 29.08.2016 - 12.05h
(Imagem retirada da Web, via Google)