O TRAÇO E A CÔR
Rabisco um traço breve
a verde-mar
no manto que me cobre
a cada inverno
como prece esboçada
ao deus solar
que ecoa no meu peito
ao som das veias
e se despede à pressa... ou devagar...
Como se tudo o que ergo
resistisse
à dor de um Tejo morto
e sem sereias,
assim deixo morrer,
não prolongando
pr`além do caos sereno dos sentidos,
o verde-mar de um gesto a derramar-se
no declinante inverno dos meus traços...
Maria João Brito de Sousa - 22.09. 2016 - 14.58h