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RESQUÍCIOS

Sexta-feira, 24.07.09

Invade, à noite, o palco dos sentidos

Uma memória turva e pendular.

Exumam-se palavras que sorriem

Na aridez de todos os passados

E silencia-se o sabor neutro

De um presente que desliza

Mais ou menos suavemente,

Conforme o sal do momento.

 

Cai o pano sobre as pálpebras do sonho

Assim que a lucidez exige o disparo das mãos.

Urbano, o Homem percorre as calçadas

De um tempo ainda insurrecto e mal adivinhado.

 

Como querias tu que eu te falasse

Dos passados que me foram subtraídos

Pela monotonia das horas previsíveis?

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 15:13


1 comentário

De M.Luísa Adães a 13.09.2009 às 10:34

"Como querias tu que eu te falasse
Dos passados que me foram subtraídos
Pela monotonia das horas previsíveis?"


E esses passados não seriam para subtraír?

Não ficarias mais leve com esses passados subtraídos?

Não serias outra? Eu penso que sim!

Que bom poder subtraír , grande parte do Passado...

´Lindo poema.

Maria Luísa

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