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QUASE, QUASE...

Segunda-feira, 27.07.09

Sobrevoam-se passeios e canteiros,

A alma a diluir-se,

De partida, por entre pedras, caules e outras gentes.

Alheia. Cada vez mais,

Quase, quase a terminar ali,

Onde os longes se fundem em nós,

Onde as ausências são omnipresentes.

 

Ali, onde quase, quase,

Se destilam sensações,

Onde quase, quase se sente a partida

Como se alguma coisa se pudesse ainda sentir,

Naqueles canteiros húmidos de indecisão…

 

Se se pudesse sentir,

Não estaríamos quase, quase de partida

Porque onde a partida quase, quase se sente,

Já tudo o mais deixou de ser sentido.

Ou quase, quase…

 

 

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 14:08


17 comentários

De Fisga a 29.07.2009 às 17:48

onde quase, quase. Já tudo o mais deixou de ser sentido.
Onde quase, quase, se destilam sensações.
Onde quase, quase, já depois de termos partido.
Ainda andamos quase, quase, aos trambolhões.
...................................................................
Gostei. Parabéns. Pelo quase, quase. Abraço. quase, quase.
Eduardo quase, quase.

De Maria João Brito de Sousa a 30.07.2009 às 10:43

Olha que este não é tão linear quanto parece... quase, quase Eduardo...
:)
Abraço grande!

De Fisga a 30.07.2009 às 17:55

tens razão amiga João. Rima e é verdade É só quase, falta o resto para ser linear. Abraço amigo. Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 31.07.2009 às 10:48

:)) É isso... falta o "quase". Mas descreve, ou tenta descrever, como me senti quando estava pior, desta última vez. Por isso te disse que não era lá muito linear. Aqui eu quase, quase toquei a desistência.
Abraço grande.

De Fisga a 31.07.2009 às 11:14

Ainda bem que foi quase. Porque tu já sabes, porque nós já falamos disso, que não podes morrer assim sem mais nem menos, Ainda tens muito que fazer primeiro. Por isso deixa lá essas ideia malucas de lado. Eu já tenho pensado muitas vezes, é em me reformar, agora morrer isso tem que ser objecto de uma negociação com o são Pedro. Ou ele me garante um lugar junto da porta do Sol, com uma mesa bem grande e um p. c. da terceira geração, e internet. com 250 megas, ou então vai ter muito que esperar, até que eu me farte de cá andar. Um abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 31.07.2009 às 12:04

`Peraí!!! Isto é apenas a descrição de um momento que já passou, em Abril deste ano, pela última vez, e eu te garanto que o único motivo que me levou a essa "desistência" foi a incapacidade de sentir mais dores, o enorme desequilíbrio hidroelectrolítico e adesgraça que foi estar sem dormir durante quase três semanas... e não foi por falta de sono1 Foi porque as dores eram tantas que eu não conseguia dormir! Sai-me lá tu dessas negociações com o S. Pedro porque são muito prematuras!
Um grande, grande abraço e diz-lhe lá que fica para daqui a muitos e bons anos! :)

De Fisga a 31.07.2009 às 20:33

Olá amiga João. Eu estava a brincar contigo. Eu já faz muito tempo, que eu arranjei uma documentação falsa em como já tinha morrido, e mandei-a para lá, para o S. Pedro. Resumindo, ele agora pensa que eu que já estou no inferno, já deu baixa do meu cadastro e agora estou esquecido. Abraço e tudo de bom. Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 03.08.2009 às 14:21

:)))) Só tu! Hás-de-me contar onde é que se arranja essa documentação...
:)))))

De Fisga a 31.07.2009 às 11:15

Ainda bem que foi quase. Porque tu já sabes, porque nós já falamos disso, que não podes morrer assim sem mais nem menos, Ainda tens muito que fazer primeiro. Por isso deixa lá essas ideia malucas de lado. Eu já tenho pensado muitas vezes, é em me reformar, agora morrer isso tem que ser objecto de uma negociação com o são Pedro. Ou ele me garante um lugar junto da porta do Sol, com uma mesa bem grande e um p. c. da terceira geração, e internet. com 250 megas, ou então vai ter muito que esperar, até que eu me farte de cá andar. Um abraço Eduardo.

De Fisga a 04.08.2009 às 20:21

Eu sei mais ou menos o que se sente quando pensamos que é desta, Eu antes de ser operado à vesícula tive três crises em que fui hospitalizado das vezes todas e Em qualquer delas eu pensei sempre que não chegava ao hospital a tempo de me assistirem. Mas agora sei que ninguém vai sem chegar o seu dia. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 05.08.2009 às 10:51

Olha! Vim agora mesmo do teu blog, ví o vídeo sobre um poema da Florbela e, quando ia comentar, este palerma deste pc não deixou!!!
E olha que tentei várias vezes! Acho que está a embirrar comigo... mas na nossa amiga Idalina deixou... não sei que se passa, mas já sabes que eu estive lá e gostei muito de conhecer um poema que não conhecia... e também gostaria muito de saber muito de informática para fazer um vídeo de um poema meu.
Abraço grande!

De Fisga a 05.08.2009 às 16:10

Olá amiga João. Vi que não conseguiste comentar o meu blog. Não te rales por isso, Eu sei o que isso é. A mim acontece-me o seguinte: Escrevo, vou para publicar diz que o meu endereço não existe, vou para publicar como anónimo, diz que não posso, porque tenho blog. Volta a tentar por o meu url. DIZ-ME QUE NÃO EXISTE O ENDEREÇO. E ANDO NISTO ATÉ QUE ME CHATEIO E DESISTO. QUANTO AO VÍDEO. MINHA AMIGA. AQUELE VÍDEO COM O MEU POEMA, NÃO FUI EU QUE O FIZ, Foi um Senhor que tem um canal por conta dele no youtube e faz vídeos, pediu-me se podia fazer um vídeo com o meu poema e eu disse que sim. Eu também não sei fazer, eu sei de quem sabe fazer, mas parece que querem levar a sabedoria para a cova, Não gostam de ensinar, Eu se soubesse ensinaria a todas as pessoas que se mostrassem interessadas em saber. Mas enfim. É a vida. Um Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 05.08.2009 às 16:16

Caramba! A mim nunca ninguém me pediu para fazer um videozinho de um dos meus poemas... e eu não me importava nada! :)) Mas pode ser que um dia... quem sabe?
Olha, estou triste porque o Pepe conseguiu escapar-se da gaiola e o Kico comeu-lhe a cabecita. Estou cheia de remorsos, mas ainda não consegui perceber como é que ele conseguiu escapar. Só tinha um intervalo de poucos milímetros...
Abraço grande.

De Fisga a 05.08.2009 às 16:47

Olha amiga. O pobre do Lugre tinha o destino marcado assim. Não morreu do mal, morreu da cura. Enquanto a dona for escapando, é uma sorte. Vá não chores vê se te animas, que isso logo passa. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 05.08.2009 às 16:55

Eu sei que acaba por se tornar menos doloroso, com o tempo, mas a verdade é que me sinto uma idiota irresponsável...
Abraço! :(

De Fisga a 06.08.2009 às 09:06

Olá amiga João. Olha amiga, Não resolve nada com a autoflagelação. Não te culpes, afinal para que serve a tua crença no destino? Tinha que acontecer assim. Agora resta-te pensar, que para a próxima vez tens que ser mais vigilante se tanto for possível. Vá não te martirizes. Que só te fás sofrer, e não resolve nada, porque já nada tem solução. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 06.08.2009 às 11:20

Pois... mas se eu tivesse ficado em casa, a tomar conta dele, isto não teria acontecido. Mas tens razão, não vale a pena recriminar-me demasiado, senão ainda fico pior do que já estou.
Abraço grande.

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