HORAS ANTIGAS
Sobravam-lhe as horas
Noprolongamento do reflexo
Em indesmentível declínio.
Ali, onde os espelhos
Nasciam dos vidros das montras
E das poças de água nas calçadas
Descalças de sonhos,
Sobravam-lhe luas e amantes
Nos ambíguos desamores
De cada fim de tarde.
Amanhã seria tempo
De sobrarem mais rugas de expressão
Na expressão de todas as horas.
Maria João Brito de Sousa - Julho, 2009
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14 comentários
De Fisga a 04.08.2009 às 10:24
De Maria João Brito de Sousa a 04.08.2009 às 16:08
Um grande abraço!