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QUANDO?

Quarta-feira, 05.08.09

Não vivia como as mais das vezes,

Quando as palavras se lhe derramavam

Na fluidez dos ponteiros do tempo.

 

Procura-as, agora,

Na improbabilidade do que dispensara

No sempre de um espaço

Que persiste num ressurgimento

Ténue como um reflexo distorcido.

 

Sabe-se sem se saber

Na incompletude da sua memória.

Os acasos ficaram pelo caminho

Atrás do muro

Que nenhuma ponte, agora, atravessa.

 

Persiste, mas pouco.

Reconstrói quase nada.

Emenda-se constantemente.

Equilibra-se no desequilíbrio

Das fronteiras que surgiram contra-natura.

Hoje, porque amanhã…

 

Quando é?

 

 

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 15:14


27 comentários

De Fisga a 05.08.2009 às 18:49

Olá amiga João. Mais uma prosa poética, bastante bem concebida, como só tu sabes fazer. Parabéns. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 06.08.2009 às 11:17

Obrigada, amigo. Hoje lá consegui trazer o meu poema em Castellano... deve estar cheio de erros, sobretudo de acentuação, mas nestes computadores não dá para submetê-los ao dicinário... são extensões do um computador central a que eu não tenho acesso...
Abraço!
PS - Não está aqui, está no montanhas.

De Fisga a 07.08.2009 às 12:51

Olá amiga João. Eu só lá irei de tarde, mas descansa que eu digo-te onde estão os erros e depois tu corriges, está bem assim? Ok. Combinado. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 07.08.2009 às 14:10

Ok, amigo! Muito o0brigada! Eu penso que os erros devem ser, sobretudo, de acentuação... o meu castellano está muito enferrujadito... não tem sido usado nos últimos tempos e eu noto que houve uma grande quebra na fluência. Ainda por cima não tenho dicionário de espanhol em casa. Já o tive, mas não sei que foi feito dele.
Hoje levo um em inglês, lá para o Montanhas. Caramba! Acho que até o meu inglês está um pouco enferrujado... :(
Abraço grande!

De Fisga a 07.08.2009 às 15:25

Aí está uma coisa onde eu te consigo ganhar. O meu Inglês nunca enferruja. É como o miúdo que disse. Deus Está em toda a parte, só na adega do meu pai é que não está - Como assim? Porque o meu pai nunca teve adega e nem terá, e Deus não pode estar no que não há. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 07.08.2009 às 15:32

:))) Hoje estou farta de me rir contigo! O meu sempre foi muito fluente, mas está um bocadinho "emperrado" por falta de uso...
Abraço grande!

De Fisga a 08.08.2009 às 21:55

Olha minha querida amiga. Porque rir ,fás bem, e porque não te posso dar mais nada, fico muito feliz por te fazer rir, já é algo de bom. Um grane abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 10.08.2009 às 10:57

E é uma das melhores coisas que podemos oferecer aos amigos. Se calhar já foste de férias, só vais ler isto quando regressares, mas a morte do Solnado tocou-me bastante.
Lembrei-me agora dele por causa desse magnífico presente que ele nos ofereceu a todos. Normalmente as mortes das figuras públicas passa-me completamente ao lado. Não é por indiferença... é porque não tenho rádio, raramente ligo a televisão e não posso comprar jornais. Mas esta morte não me passou nada ao lado. Passei o fim de semana a fazer-lhe sonetos, acredita. Não são sonetos daqueles mais difíceis de entender. São daqueles simples, que estão ao alcance da compreensão da maioria, exactamente como as rábulas dele.
Abraço grande.

De Fisga a 10.08.2009 às 11:38

Olá amiga João. Eu Não vou de férias, mas vou uma semana para as Caldas da Rainha. Passar lá com a minha enteada. Mas é mesmo só uma semana. E só vou na Segunda Feira, de hoje a 8 dias. Mas olha foi a melhor homenagem que lhe pudeste prestar, foi essa eu logo que possa já vou ver. Abraço Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 10.08.2009 às 14:23

Só agora a consegui publicar, amigo. Tenho tido frio... acho que não é normal, mas esta noite tive imenso frio e ainda este ano não senti calor a sério. Deve ser porque a minha temperatura normal é de 35º, e a da maioria é de 36,5º... toda a gente tem calor e eu estou aqui de casaco vestido. Olha, tu desculpa mas foste o meu primeiro comentário depois do almoço e até as senhoras com idade para serem minhas mães, estão cheias de calor... tinha de desabafar! Depois as pessoas pensam que é por estar deprimida ou qualquer coisa no género e eu não estou mesmo nada deprimida. Estou é a sentir saudades de ter calor...
Publiquei um dos sonetos, mas ainda ficaram muitos para trás. Também tenho um grande ficheiro para enviar por email. Até já.

De Fisga a 24.08.2009 às 19:45

Olá amiga João. Isso vai ser terrível, se continuares assim no inverno. Porque realmente não podes estar bem. Fico feliz por ser o primeiro depois de almoço. Mas ficava mais feliz se as notícias fossem outras que não essas. Desculpa a pergunta. Dizes que tens um grande ficheiro para enviar por e-mail, mas não era para mim, pois não?
É que eu não recebi nada, também não encomendei nada, é verdade.
Olha amiga cuida-te e abafa-te. Um abraço. Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 26.08.2009 às 13:31

Olha, Eduardo, para te dizer a verdade já nem me lembro do que disse sobre ficheiro nenhum. Desculpa lá se te confundi, mas agora quem ficou confusa fui eu. Também ninguém me mandou insistir em vir ao CJO quando "não posso nem com uma gata pelo rabo"...
Abraço grande!

De Fisga a 26.08.2009 às 20:58

Vês como eu tenho razão? Já estás a dar a mãozinha à palmatória. Mas eu é que estou a ser chatinho, não é? Manda o computador ir computar para outro lado e tu olha mas é por ti, que se tu não olhares, ninguém olha. Abraço. E melhoras. Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 27.08.2009 às 13:01

Não, amigo. Eu tenho mesmo de vir até cá, nem que seja só por um bocadinho. Não consigo ficar em casa sem fazer nada e também não tenho quem cuide de mim. Se vier mesmo muito devagar e só trabalhar umas horitas, não vai ser mau... só a produtividade é que está comprometida. Os sonetos vão nascendo mas este tipo de poesia, não. E é tudo tão lento... pareço uma tontinha!
Bem, mas vou continuar enquanto puder. Amanhã é que não sei se vai dar.
Abraço grande!

De Fisga a 28.08.2009 às 16:16

Olha que tu não tens ordem de entregar o jogo, Só desistes se já não tiveres nenhuma carta, Na manga claro. mas vai ao Dotô. porque ele sempre te diz alguma coisa. Abraço. Eduardo.

De Maria João Brito de Sousa a 28.08.2009 às 17:32

Tu nem imaginas as vezes que eu tenho de ir ao Dotô... estou cansada de tanta viagem... mas vou, se Deus quiser.
Abraço grande!

De M.Luísa Adães a 02.09.2009 às 12:18

Quando

E será necessário dizer "também isto é poesia?"

Não se nota que nada tem com prosa, ou mesmo prosa-poetica?

Não se repara?

Se alguém precisa de ser alertado para o facto "também isto é poesia"

não tem sensibilidade poética para responder ou entender. Não interessa a resposta desse alguém!

Desculpe, mas isto é, sem dúvida, um alerta para a necessidade de
dizer :)

"também isto é poesia",

Será necessário? Me parece que não!

Então porque dizer? "também isto é poesia"...


Muito bom o seu poema, onde se nota a "liberdade do poeta".

Gostei!

Maria luísa

De Maria João Brito de Sousa a 02.09.2009 às 15:41

Obrigada, amiga Maria Luísa!
Acabo, agora mesmo, de voltar do hospital e, embora os valores estejam a diminuir, terei de voltar na próxima 5ª feira. O meu sangue continua muito mais espesso do que eles consideram desejável e foi reajustada a dose de Varfarina. Tudo isto tem mesmo de ser constantemente vigiado, mas eu estou mesmo farta de hospitais... os meus braços estão cheios de marcas de agulhas, não sei o que pareço!
Bom, agora o que interessa é que eu consegui vir aqui, ao CJO, para escrever os poemas do dia!
Um grande abraço e muito obrigada pela tua visita e este espaço.

De M.Luísa Adães a 08.09.2009 às 12:48

Mª. João

Desculpa, mas não concordo com o dizer acima,

"também isto é poesia"

parece que só os clássicos são poetas ...

Grandes e inúmeros poetas do mundo, não são clássicos.
No Brasil o classissismo foi substituído há muito, pelo modernismo, até
na pintura, na escultura etc.

Além disto tens um comentário onde chama ao teu poema
"prosa-poética"

Será possível? talvez se tenham habituado aos teus sonetos (muito bons
incontestável) mas o poeta é versátil e quando é bom - é bom em tudo.

Maria João tens de ter um público que perceba de poesia e te saiba
comentar e infelizmente, não tens!

Não fiques aborrecida comigo, deixa-me desabafar!

beijos,

Mª. Luísa

De Maria João Brito de Sousa a 08.09.2009 às 14:48

Ó amiga, eu lembrei-me de pôr essa frase exactamente para que as pessoas menos habituadas a lidar com poesia pudessem reparar bem na versatilidade que os poetas têm. Também foi daí que veio o nome do blog. Estou com tanta coisa por fazer e sinto-me tão lenta que nem sei para onde me virar, mas não fico aflita se disserem que isto não é poesia... penso que tentarei explicar que sim, também é.
Agora sou eu que estou um pouco preocupada com o nosso amigo Fisga. Ele já deveria ter regressado...
Bem, não deve ser nada. Provavelmente resolveu ficar mais uns dias.
Abraço grande!

De M.Luísa Adães a 08.09.2009 às 17:08

Mª. joão

já falei no assunto a pessoas versadas e todos discordam.
Esse elucidar, não devia ter sido aí colocado. Deu origem ao chamarem prosa-poética e aos amantes do clássico se convencerem da inutilidade da grande maioria, dos poetas portugueses e estrangeiros.
Maria João tu sabes disso!...Tu não és como eles! Porque alimentas a
ignorância? Raciocina, pensa e sente e sabe, isso não é real.

Alberto Pimenta - poeta - famoso tem um poema que diz :


e ele viu que era bom
e ele viu que era bom manando
a
n
e estava
n
d
então o uni verso
re pleto de formas
e cheio deste indi

cio

cio cio cio
cio cio cio
cio cio cio
cio cio cio
cio cio cio cio cio cio

e eu disse
ir ão
pela terra inteira


eis um pouco ,de um poema de Alberto Pimenta, dos poetas Maiores.

E ele é famoso, nada tem com a net! Tem com o Mundo a que pertence.
E o assunto fica terminado e "isto também é poesia" não pode ter sido
escrito por ti. Não acredito!

Quanto ao Fisga vou perguntar a Rosafogo, são amigos, talvez ela saiba.

Não fiques zangada comigo; se quiseres confirmar o nome do génio, vai à Net. Beijos,

Maria Luísa



De Maria João Brito de Sousa a 09.09.2009 às 14:38

Não, amiga! Eu não conheço esse Poeta, mas conheci muitos outros modernistas. O meu avô também deu os seus passos no Modernismo Português e eu conheci o Movimento Modernista bem de perto, durante a minha infância. Eu estava a dirigir-me a um público alvo que eu imaginei poder ser menos aberto a este tipo de poesia.
Não quero que te aborreças de forma nenhuma e tu, com este comentário, vieste tornar obsoleta essa frase. Vou retirá-la.
Desculpa só agora te responder. Hoje foi um daqueles dias em que me enfiei no duche e pensei que já não saía de lá... :) deu-me um "faniquito" de forças e vi-me obrigada a ficar sentada na banheira durante um bom tempo. Não consegui vir até ao CJO senão agora. Está descansada que amanhã é dia de ir ao hospital de dia, fazer o controle da hepatite e do INR (índice de coagulação sanguínea).
Se conseguir postar será só ao fim da tarde. Nunca me deixam sair de lá sem os resultados das análises estarem prontos.
Abraço GDE!

De M.Luísa Adães a 10.09.2009 às 10:55


Não se trata de um capricho, um jogo, mas sim de uma análise!

E tu, como inteligente que és, aceitaste. Obrigada!

S não o fizesses, eu não ficava aborrecida, mas não estava correcto e de acordo com o teu discernimento.

Espero que vás melhorando, lentamente, mas sempre um pouco melhor
para teu conforto!

beijos da amiga,

Maria Luísa

p.s. fiz aquele reparo por seres tu - a outra pessoa não o faria.

De Maria João Brito de Sousa a 10.09.2009 às 16:25

Já estou de volta, amiga! Estou "de rastos" porque tive de ir nos transportes públicos, mas os valores anormais estão a baixar. Só falta mesmo é estabilizar o INR porque, com a alteração das funções hepáticas, tornou-se perigosamente baixo. Já estou a tomar uma dose altíssima de Varfine e ele continua baixo.
Abraço grande e fizeste bem em fazer-me esse reparo. Assim está bem melhor.

De M.Luísa Adães a 11.09.2009 às 19:15

Obrigada por aceitares.

Só falei no assunto por se tratar de ti.

Sabia que ias ponderar e fazer o que achasses melhor.

Se não o fizesses, a nossa amizade continuava, eu aceitava.

Obrigada por tentares procurar soluções, mas esquece, trata de ti, não
te envolvas mais.
Eu trato do assunto!

Cuida da saúde e descansa e esquece o resto. É comigo!

As melhoras, pois isso não está nada bem.

beijos,

Mª. Luísa

De M.Luísa Adães a 12.09.2009 às 10:28


Muito mais bonito na apresentação!

O poema brilha,
canta,
salta
e nos dá alegria!

Fico nesta Paragem!

Bºs, Maria Luísa

De Maria João Brito de Sousa a 14.09.2009 às 14:25

:) Fico contente. Hoje houve um atrasozito, aqui no CJO, mas já estou de volta!

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