QUANDO?
Não vivia como as mais das vezes,
Quando as palavras se lhe derramavam
Na fluidez dos ponteiros do tempo.
Procura-as, agora,
Na improbabilidade do que dispensara
No sempre de um espaço
Que persiste num ressurgimento
Ténue como um reflexo distorcido.
Sabe-se sem se saber
Na incompletude da sua memória.
Os acasos ficaram pelo caminho
Atrás do muro
Que nenhuma ponte, agora, atravessa.
Persiste, mas pouco.
Reconstrói quase nada.
Emenda-se constantemente.
Equilibra-se no desequilíbrio
Das fronteiras que surgiram contra-natura.
Hoje, porque amanhã…
Quando é?