A RECONSTRUÇÃO DAS AUSÊNCIAS
Caem-nos do alto,
Moldam estrelas negras
Geladas como longas invernias
Repletas dos vazios que nos deixam
Fracturam-se
Em mil pedaços
De arestas agudas
Que inevitavelmente nos magoam
Desenhamo-las a tinta nanquim
No momento da colisão
E fazemo-las permanecer,
Esculpidas nas pedras
da Ágora de todas as partidas
Lentamente,
Redesenhamo-las
Enquanto presenças abstractas,
Inventamos-lhes corpos imaginários
Que a memória
Cobre de cores indefinidas
São
- mesmo tendo deixado de o ser –
Ausências reconstruídas
Maria João Brito de Sousa -06.10.2009
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16 comentários
De M.Luísa Adães a 08.10.2009 às 11:07
São na realidade, o que construímos todos os dias,
as ausências dos que partem e nos fazem tanta falta.
E deixam de ser imaginárias e abstractas para serem seres reais
e fazem parte de nossa vivência.
Quando partem sofremos,
as tentamos reconstruír,
para que a dor desapareça
e não entorpeça,
Nosso viver!
Lindo poema.
Maria Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 08.10.2009 às 11:40
Abraço grande e obrigada pela tua visita.
De M.Luísa Adães a 08.10.2009 às 12:47
pretendemos reconstruír, para não sentir suas faltas...
Nisto, eu sou perita no dizer e no analisar.
Mas não são fáceis de entender. Reconheço essa verdade!
Beijos,
Mª. Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 08.10.2009 às 14:15
Um grande abraço.
De M.Luísa Adães a 08.10.2009 às 15:16
falas em Van Gogh - sabes que é dos pintores que melhor conheço?
Vi os seus quadros ao vivo, em Amsterdão e em qualquer lugar que os veja, eu os reconheço. Fez parte das minhas traduções e o conheço e o
lamento, como pessoa. Sei que só o irmão Leo o acompanhou e ajudou.
Não sei se acreditava nele ou o amava, como irmão e por isso o ajudava.
Fizeste bem recordar, a quem no fundo, nada é, nada será! Apenas um
simulacro de si mesma. Obrigada! mas acrescento...os tempos são outros... Nada mudou para a arte? Penso que não!
Maria Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 08.10.2009 às 15:49
Vou ter de ir!
Bjo!
De eva a 21.10.2009 às 10:33
Este é um daqueles poemas de que todos partipamos, mesmo que disso não tenhamos consciência. As ausências são quase sempre mais presentes do que imaginamos.
Abraço GRD
De Maria João Brito de Sousa a 21.10.2009 às 10:35
Um abraço GRANDE!
De Fisga a 28.10.2009 às 11:34
Não vim comentar o teu post. mas li e adorei, tu és como o vinho do porto, estás cada vez mais apurada. Parabéns por isso. Olha minha amiga. Eu ainda estou um pouco atrasado para vir para o p.c. mas eu vou dando noticias, uma coisa que eu não vou fazer, é responder, aquela resma de mensagens e comentários que tenho na minha caixa de correio, porque é muita coisa, e eu não estou em condições. De me ocupar no computador, vou ter que pedir desculpa a toda a minha gente, pela acção, mas eu vou apagar e não respondo, com todo o respeito que tenho por todas as pessoas, que foram De uma simpatia e amizades incomparáveis. Minha amiga espero que estejas melhor, e eu prometo que vou dando noticias. Por agora só me resta pedir-te desculpa por ainda não ter aparecido, mas isto está muito combalido, ainda. Um grande beijinho deste amigo que te adora e ama.
De Maria João Brito de Sousa a 28.10.2009 às 12:23
Fico muito feliz por te ver de volta, mas recomendo-te vivamente que te limites a aceitar ios nossos comentários como uma demonstração de amizade e não como algo que deve ser respondido!
Um enorme abraço e que essa saúde se recomponha com a brevidade possível!
De Fisga a 29.10.2009 às 15:09
De Maria João Brito de Sousa a 30.10.2009 às 11:57
Um grande abraço!
De Fisga a 30.10.2009 às 16:32
De Maria João Brito de Sousa a 02.11.2009 às 10:50
Abraço grande!
De Fisga a 03.11.2009 às 11:44
De Maria João Brito de Sousa a 04.11.2009 às 12:02
Abraço!