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NO MAR

Quarta-feira, 13.01.10

Onde as algas se despem das areias

E a onda adentra,

Numa vergastada,

A rocha inesperadamente negra,

Onde se perdem os últimos raios de sol,

Para quem que passa na estrada

E neles repara.

 

Vem o sal beijar-nos

Numa raiva de pérolas esparsas

Que o vento açoita

Ainda depois de o dia se ter deitado....

 

 

- Cheguei! Cheguei!, avisa o temporal...

 

Todos os anos o mar se faz Inverno,

Todos os anos alguém dará por isso

E terá saudades

Das algas que se despediram no ano anterior...

 

Depois virão mais marés,

Mais marinheiros,

Virão ondas,

Mil ondas babando-se de fúria

No recomeço de um mar invernoso

E, finalmente, as mansas algas voltarão sorrindo;

 

- Bom dia! Como estão?

 

Todos os anos o mar se veste de algas

Na exacta Primavera

Em que alguém se esquecerá de dar por ele....

 

 

Maria João Brito de Sousa - 21.12.2015

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 15:26


2 comentários

De a 13.01.2010 às 16:02

Muita gente se esquecerá. Feliz de quem se lembra...
Lindo poema amiga. Bravo, imenso, profundo, o mar é sempre uma bela inspiração.
Beijinhos

De Maria João Brito de Sousa a 13.01.2010 às 16:11

Olá Fá! :) Que bom vê-la por aqui! É sempre muito bom sinal quando saímos por minutos do que nos preocupa muito e vimos ler alguma coisa de alguém!
Um grande, grande abraço!
O mar nunca nos deixa indiferentes, pois não, amiga? Esteja como estiver... manso, bravo, seja como for... não nos deixa indiferentes!

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