NOS DEDOS DO VENTO
Vêm duras e ásperas
Nos dedos do vento
Quando o vento se esquece de nos vir beijar.
Vêm desmentindo
A improbabilidade da violência
E renascem de encontros ficcionados
No vértice das almas.
Vêm pontualmente cruas,
Inevitavelmente rígidas,
Chicotear a saliva dos beijos adiados.
Mas vêm
E morrem de seguida
Onde a vontade derruba
A mais perfeita das sincronias.
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2 comentários
De M.Luísa Adães a 04.03.2010 às 13:06
pois o vento se esqueceu de o beijar?
Desmentem a violência
e retornam das almas
a que pertencem.
A doce tarde morre,
tão mansa ela esmorece
pois a vontade derruba
tão lentamente,
num céu de prece.
Inevitálmente descansam
de seus gestos de criança.
_ Vem noite mansa e descansa...
Mas vem pontualmente!
Adoro esta carruagem,
sinto-me bem
dentro dela...
Maria Luísa Adães
De Maria João Brito de Sousa a 04.03.2010 às 14:39
:)
Abraço muito, muito grande!