ONDE E QUANDO AS MÃOS ME MORREREM
Onde as mãos me morrerem
Só aí
Saberei das lonjuras dos destinos
E ressuscitarão os malmequeres
Que um dia eu plantei já nem sei onde
Quando as mãos me morrerem
Só então
Terei feito sentido
Entre as flores ressuscitadas
Que as mãos ainda vivas semearam
Ao longe,
As hastes metálicas dos postes
Explodirão
Ao cair da noite
Em deslumbrados pomos de luz
E outras mãos despontarão
No espaço-tempo dos novos malmequeres
Onde e quando,
Iluminadas,
As mãos me morrerem