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PRECISO DE NAVEGAR...

Segunda-feira, 29.08.16

 

 

Ai que eu, agora,

Já nem sei meter travões

Tenho as rimas por paixões

Ouso versos compulsivos

 

Ai que eu, agora,

Nem sei se escrevo ou converso

Cabe-me a vida num verso

Não vendo pra tal motivos

 

E se isto fica

Para sempre a dar-me o mote

Não há motor nem há bote

Que me reconduza ao cais

Pois se isto fica

Será no mar deste mar

Que hei-de um dia naufragar,

Quando for tarde demais

 

Mas pouco importa

Naufragar se naveguei

Porque nele me aventurei

Se mais do que à vida o quis

 

Ah, pouco importa

Que o que importa é ter-se um rumo

Navegar provando o sumo

Que em nós há desde a raiz

 

Maria João Brito de Sousa - 29.08.2016 - 12.05h

 

(Imagem retirada da Web, via Google)

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 12:50


7 comentários

De Lena B. a 08.10.2022 às 18:51

Querida Maria João

A Musa renasceu em jovialidade e sem idade!
e a mudança de velocidade
mergulhou-me numa nova claridade!

Beijo!

De Maria João Brito de Sousa a 08.10.2022 às 21:12

Olá, Lena B.

Este poema é de 2016, por isso é que a Musa te pareceu mais jovem, rsrsrsrs...

O Liberdades Poéticas é o blog onde coloco os poemas em verso branco ou livre, com ou sem rima.

Estava a demorar, mas volta e meia sai-me um poema que cabe aqui, no espaço da poesia não metrificada.

Um beijo!

De Lena B. a 10.10.2022 às 00:22

AH!!! A juventude da Musa!!! Desculpas fofas, minha Querida... Acho que a idade já nada tem a ver com tempo e até começa a ultrapassar o espaço, ficando na nuvem do eterno agora!

Continuo fascinada com essa tua Musa que, mesmo quando não está lá, está num 'dos outros lados' da mesma moeda.
Continuo a repetir-me, enviando-te os meus sinceros Parabéns!
Beijo

De Maria João Brito de Sousa a 10.10.2022 às 13:37

Obrigada, Lena B.

Sendo a Musa um estado de espírito, não tem idade, efectivamente.

Mas nós, humanos, como tudo o mais, temos uma idade biológica que mais tarde ou mais cedo deixaremos de poder tentar ignorar...

Um beijo


De Lena B. a 10.10.2022 às 18:29

Isso mesmo, Querida Maria João!

Depois de uma dimensão básica (diria mesmo - primária) próxima da sobrevivência... , mas quando procuramos instalar-nos em multidimensionalidades superiores descobrimo-nos num mundo mais rico de possibilidades

Podemos 'sonhar' e viver realidades cheias de cor e vida sem idade e onde os 5 sentidos já são ampliados - expandidos e onde temos acesso até a novas dimensões incríveis de cura ...

A Meditação leva-nos para lugares superiores, campos paralelos e interligados de alta frequência de luz no qual tocamos o Paraíso...

Saibamos manter-nos lá mesmo quando estamos aqui, é o meu mais forte desejo!

Beijo das alturas interiores

De Maria João Brito de Sousa a 11.10.2022 às 12:34

Garanto-te que é possível viver no fio da navalha, no que à saúde física respeita, e escrever boa poesia. Claro que o mesmo não acontecerá a quem desde criança tenha sido impedido de desenvolver os seus talentos e competências, porque a fome, a segregação preconceituosa e a marginalização o não permitiram.

Eu, embora tenha sobrevivido com quase nada nas últimas décadas da minha vida, tive uma infância muitíssimo privilegiada e isso permanece bem vivo em mim. Sempre soube mover-me à vontade nesse espaço a que chamas "alturas interiores", sem deixar de ter os pés bem assentes na dura realidade.

Beijo grande

De Lena B. a 11.10.2022 às 18:51

Querida, o fio da navalha é isso mesmo. Como as ondas do mar nunca param, também a vida não cessa de nos enviar experiências (demasiado dolorosas umas, mais benevolentes outras, muito privilegiadas outras... ) ! Assim temos acesso aos muitos contrários da Vida e, aceitando, vamos construindo mais Vida até nos 'enriquecermos em sabedoria... no Todo de que fazemos parte!
Acredito muito nos outros planos que se interpenetram connosco num espaço (falta-me uma palavra melhor...) maior de Amor, no qual tudo fará sentido!

Abraço ternurento em Paz!

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