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NOS DEDOS DO VENTO

Sexta-feira, 26.02.10

Vêm duras e ásperas

Nos dedos do vento

Quando o vento se esquece de nos vir beijar.

 

Vêm desmentindo

A improbabilidade da violência

E renascem de encontros ficcionados

No vértice das almas.

 

Vêm pontualmente cruas,

Inevitavelmente rígidas,

Chicotear a saliva dos beijos adiados.

 

Mas vêm

E morrem de seguida

Onde a vontade derruba

A mais perfeita das sincronias.

 

 

 

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 09:00

MISTÉRIOS DE CANETA

Segunda-feira, 13.07.09

Nos cabelos das ondas,

Nos lençóis de areia,

Nas luas de papel

Que os dedos das horas

Recortaram, sem saber,

Nas estrelas que a maré semeia

De infinitos tentáculos,

Aí, percorridos os minutos, um a um,

Cristalizam-se os mistérios improváveis

De cada paixão por conceber

E nenhum sonho aceita os impossíveis.

 

A caneta, rolando,

Absolve a inevitabilidade de todas as mortes.

 

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publicado por Maria João Brito de Sousa às 16:48








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