Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


(SOBRE)VIVENTES

Quinta-feira, 09.12.10

 

 



Nunca as conheceram,
Às flores de água estagnada
Nas pedrinhas
De um passeio imprevisto
Ainda à vossa espera?

No tempo em que os poetas
Eram feitos de papel
E os anjos se vestiam de farrapos
Mais ou menos coloridos,
Havia poças de água
Na fúria de uma sobrevivência
Tão menos visível quanto fascinante

Cresci a olhá-las
Para além da sua visibilidade,
Aprendi a sondá-las
E a reconhecer-lhes uma vontade
Que sempre ultrapassará
A minha,
A vossa,
A do próprio amor…

Nesse tempo
Do papel,
Dos farrapos,
Dos poemas curtinhos
E das tranças com laços,
Fundiam-se perfeitamente

Elas,
As flores de águas paradas
E eles,
Os meus olhos libertos como dantes

 




Maria João Brito de Sousa – 07.12.2010 -19.17h




 

Imagem retirada da internet

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Maria João Brito de Sousa às 15:01







posts recentes


comentários recentes


Posts mais comentados